segunda-feira, 31 de maio de 2010

Entrevista com Dante

Os alunos do terceiro ano entrevistaram o mateáico Luiz Roberto Dante, de quem o Intuto Santa Luzia adota os livros do 1º ano escolar até a 3ª série do Ensio Médio, que veio à escola conhecer a escola e dar uma palestra.


Paola: A primeira pergunta que a gente queria fazer é: ”Qual foi a tua inspiração para fazer sucesso no Brasil todo?”

Dante: Muito trabalho; muita dedicação e muito trabalho. Eu durante anos pesquisei a aprendizagem e o ensino da matemática na universidade. Fazendo pesquisas com crianças e jovens e com professores. E depois percebemos isso: Que muitos jovens, muitas crianças tinham dificuldade em matemática. E daí nós decidimos então escrever material didático para essas crianças e para esses jovens. A minha inspiração, uma missão tornar a matemática mais compreensível para vocês jovens e para as crianças aí do primeiro ao quinto ano e do sexto ao nono.

Paola: Segunda pergunta: ”Como tu te sente vindo para uma escola gaúcha que adota teu livro desde a primeira série do ensino fundamental até o terceiro ano?”

Dante: Muito honrado e a responsabilidade aumenta muito, porque nós já soubemos que esta escola é uma das principais do Rio Grande do Sul. E sabendo que é uma das principais escolas, adotando o meu material do primeiro ao ensino médio isso me honra muito, mas aumenta a minha responsabilidade de sempre aprimorar esse material cada vez mais. E é o que eu faço de três em três anos quando eu reescrevo os materiais.

Paola: Tá, ã… Qual foi a maior dificuldade para fazer os livros?

Dante: A maior dificuldade é a dosagem de dificuldades, porque a gente tem uma ideia (como eu disse para vocês eu passei anos, décadas estudando e pesquisando crianças e jovens.), então eu tenho uma ideia do que lá no terceiro ano um jovem é capaz de resolver um problema, eu tenho uma ideia do nível de dificuldade. Mas essa ideia é ainda abstrata, ela só se concretiza na sala de aula. Quando o livro chega para vocês é que eu vou ver, verificar: Ah, essa foi muito difícil, essa foi muito fácil…Então a maior dificuldade de qualquer autor, não só eu é dosar a dificuldade das atividades, dos problemas, dos exercícios.

Paola: Tá, e… Na sua opinião, qual é a área da matemática que é mais importante?
Dante: Todas tem sua importância. A matemática nesse nível fundamental e médio, ela se divide em números e operações, álgebra (que é a generalização dos números), a geometria (que são as formas geométricas), tabelas e gráficos (que é o tratamento da informação, né?!) e grandezas e medidas. Então têm cinco eixos do conteúdo que contemplam a matemática toda. Todos estes são importantes, todos estes são importantes. É… O números e operações –é o que tem de mais uso –, a geometria –é quem desenvolve nosso raciocínio, a maneira de pensar, essa visão espacial que nós temos… – , grandezas e medidas –que também é muito utilizada no dia-a-dia, tudo é medido para ser feito, né?! Quer a medida de comprimento, quer a área, quer o volume… Tudo é medido nas construções–, gráficos –hoje é a linguagem, é a linguagem usual hoje é a linguagem gráfica. A gente liga a televisão e tem lá um gráfico: “O dólar caiu, o dólar subiu, o dólar baixou.”. É… Se abre uma revista semanal (Veja, Istoé…), você vai abrir a revista tem gráficos para você interpretar–… Então também é outra coisa muito importante. Todas são importantes.

Paola: E todo esse trabalho que tu teve na faculdade e tal valeu a pena hoje em dia por estar tendo toda essa repercussão aí?

Dante: Valeu a pena. É como eu disse a vocês: Muito trabalho e muita dedicação. Porque veja, eu visito as escolas que trabalham com meu material, e eu tenho que reescrever todo esse material. São cinco do primeiro ao quinto, quatro do sexto ao nono, três no ensino médio… Pra vocês verem quantos livros são né, e eu não tenho coautor, eu que faço tudo. Então é muito trabalho, porque a gente tem que dividir o ano nas viagens e visitas e também seduzir outras escolas que não adotam ainda. Eu tenho que ir às outras escolas para seduzir a adotar meu material. Tenho que visitar as que adotam, para fidelizar o material e tenho que reescrever e escrever novos materiais, então dá muito trabalho. Mas vale a pena sim. Principalmente assim, ó: Quando a gente encontra os jovens que estão trabalhando com meus livros, que estão fazendo aqui uma espécie de reportagem, o que é muito legal.

Paola: Então tá, mas era isso o que a gente queria saber.

Dante: Olha, eu agradeço vocês e parabenizo essa iniciativa de fazer um jornalzinho, que é uma coisa importantíssima, importantíssima em todos os sentidos: Cultural e até a aprendizagem mesmo. Quando vocês vão fazer um jornalzinho tem a redação, não tem? Tem a diagramação… Tudo isso é aprendizagem. Parabéns a todos vocês.

Paola: Obrigado.

sábado, 1 de maio de 2010

Lesão de atleta tricolor leva torcedores ao delírio no Estádio Olímpico.

Na quinta-feira (01 de abril), em partida realizada pela segunda fase da Copa do Brasil, em que o Grêmio venceu o Votoraty, clube do interior paulista, por 3 a 0. Durante o jogo a lesão de um de seus jogadores provocou uma reação desagradável e desumana entre os torcedores nas sociais do estádio.

William, ex-jogador do Avaí, chegou ao tricolor gaúcho no inicio desta temporada. Segunda a opinião de alguns cronistas esportivos, esse atleta não possui uma grande qualidade técnica e chegou a ser chamado de “inútil” por um narrador local. Entretanto, coletivamente esse jogador tem um estilo de jogo bem solidário, pois joga para o time e disputa jogadas com garra. Ele é bastante criticado pelos torcedores que chegaram a comemorar o momento em que ele se lesionou.

Esta atitude me deixou muito entristecido. O que mais me espanta é que tenha partido das sociais do Olímpico, setor que é freqüentado por torcedores de classe média e que muitas vezes julgamos serem pessoas civilizadas. Nenhum atleta merece passar por este tipo de humilhação, por bem ou mal ele está defendendo as cores de um clube de tradição.

Esperamos não mais presenciar atos desta natureza. O torcedor tem o direito de vibrar,gritar,cantar e até vaiar, mas não tem o direito de ofender a honra e o moral de atleta,treinador e dirigente. Atos como esse não combinam com uma das maiores torcidas do país.

Por Maicon Pierre